O Projeto Olhos Que Ouvem

Trabalho com pessoas com necessidades especiais

O profº. Nilton Cunha, desde 2006, desenvolve trabalhos com pessoas com deficiência visual (DV). Inicialmente, tentou criar uma metodologia que pudesse contemplá-las, ao tomar conhecimento da Musicografia Braille procurou aprender a Grafia Braille e os sinais musicográficos. Cabe ressaltar que a Musicografia Braille é pouco divulgado, especialmente, no Norte e Nordeste. Provavelmente será mais divulgado com o advento da Musibraille, (programa que possibilita escrever partituras de música no computador) desenvolvido por Antônio Borges da UFRJ com a colaboração de Dolores Tomé.
Além de trabalhar com pessoas com deficiência visual também desenvolve uma metodologia de ensino musical (leituras de partituras) com pessoas com deficiência auditiva, usando a relação da matemática com a música como mecanismo imprescindível para que os meninos compreendam a lógica matemática-musical que há em uma partitura. Esse projeto é feito em parceria com o percussionista Irton Mário, conhecido como Batmam.

INICIAÇÃO MUSICAL: bases epistemológicas dos doze centros tonais

O livro Iniciação Musical é fruto de uma acurada pesquisa e de questionamentos que fizeram e fazem parte do mundo acadêmico do autor. Entre os seus grandes questionamentos estavam: por que nos ensinam que há apenas sete notas musicais? Se vir no teclado do piano sete notas brancas e cinco notas pretas em cada oitava, e, ao fazer os exercícios de percepção, utilizo as sete notas brancas e cinco notas pretas, na verdade estou utilizando as doze notas da Escala Temperada Igual e não só as sete notas da Escala Diatônica de Dó Maior. Não é, então, incoerência dizer que há apenas sete notas musicais, se há doze em cada oitava?
Iniciando o processo de ensino e aprendizagem, exercitando as distâncias dos intervalos de semitom possivelmente facilitará o solfejo (nas passagens de sustenidos, bemóis e bequadros) e a percepção auditiva dos educandos? Outra questão é: por que não são chamadas de Escala Natural do Modo Maior todas as notas que pertencem ao grupo (tom, tom, semitom, tom, tom, tom e semitom)? Será que só as notas da Escala de Dó Maior é que pertencem a esse grupo? Na Escala de Ré Maior o Fá# e o Dó# não fazem parte do grupo das notas naturais dessa respectiva Escala.
Esses e outros questionamentos fizeram com que o Profº Nilton Cunha cursasse pós-graduação e se aproxima de outros campos do saber, como por exemplo, a Matemática de onde veio o desenvolvimento da Escala Temperada Igual feita pelo matemático Leonhard Euler no século XVIII, época de J. S. Bach o último grande compositor da escola polifônica e ao mesmo tempo, o fundador de toda Música Ocidental Moderna, que escreveu seu Cravo Bem Temperado, contendo 24 prelúdios e fugas executáveis nas 24 tonalidades existentes (doze maiores e doze menores), justamente a junção entre as sete notas brancas e as cinco pretas (se tomarmos como exemplo o teclado do piano). As 24 tonalidades do Cravo Bem Temperado correspondem ao marco da Música Ocidental Tonal.

Livro vendido nas principais livrarias do Brasil, entre elas: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria Imperatriz (PE), Livraria Livro Técnico (Fortaleza-CE).

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