O Projeto Olhos Que Ouvem

Trabalho com pessoas com necessidades especiais

O profº. Nilton Cunha, desde 2006, desenvolve trabalhos com pessoas com deficiência visual (DV). Inicialmente, tentou criar uma metodologia que pudesse contemplá-las, ao tomar conhecimento da Musicografia Braille procurou aprender a Grafia Braille e os sinais musicográficos. Cabe ressaltar que a Musicografia Braille é pouco divulgado, especialmente, no Norte e Nordeste. Provavelmente será mais divulgado com o advento da Musibraille, (programa que possibilita escrever partituras de música no computador) desenvolvido por Antônio Borges da UFRJ com a colaboração de Dolores Tomé.
Além de trabalhar com pessoas com deficiência visual também desenvolve uma metodologia de ensino musical (leituras de partituras) com pessoas com deficiência auditiva, usando a relação da matemática com a música como mecanismo imprescindível para que os meninos compreendam a lógica matemática-musical que há em uma partitura. Esse projeto é feito em parceria com o percussionista Irton Mário, conhecido como Batmam.

Entrevista com Nilton Cunha sobre Musicografia Braille

A oficina de "Iniciação à Musicografia Braille" foi ministrada nesta quarta-feira (20/08) na sétima edição da Feira da Música. A oficina apresentou alguns conhecimentos básicos necessários para o ensino e tradução de sinais musicográficos e partituras em "notação braille".
Ouça a entrevista de Isabela Monteiro com o oficineiro Nilton Cunha.

Link: http://sispub.oktiva.com.br/oktiva.net/2213/nota/109283

Jornal de Recife

Jornal Fortaleza

MATEMÁTICA & MÚSICA: diálogo interdisciplinar

O filósofo e matemático Leibiniz (1646-1716) definiu música como “um exercício de aritmética secreto, e muitas vezes, aqueles que a ela se entregam, não sabem, não percebem que manejam números”. Foi justamente através de ambas que se tem registro do primeiro experimento científico ocorrido na história, especificamente, na escola pitagórica, por volta do século VI a.C. na Grécia, fazendo uso de um instrumento denominado monocórdio. Para Pitágoras, a beleza do som dependia de uma ordem matemática. Essa ordem e beleza são associadas à série de frações presentes nos intervalos musicais referentes às consonâncias pitagóricas – oitava, quinta, quarta – as relações simples 1/2, 2/3, e 3/4.
É a partir daí que o pesquisador e escritor Nilton Cunha passa a abordar a temática num envolvente relato de como a Música está intrinsecamente relacionada com a Matemática narrando experiências vivenciadas por: Marin Mersenne, Vincenzo Galileu, Galileu Galilei, Johannes Kepler, René Descartes, entre outros. Os séculos XVII e XVIII caracterizados pelo cenário da Revolução Científica e pelo processo de matematização, experimentação e mecanização despertou a sistematização das doze frações da Escala Temperada Igual desenvolvida pelo matemático Leonhard Eule. Ou seja, cada distância ou cada nota musical corresponde a uma fração, por exemplo, o intervalo de semitom corresponde na Matemática à fração 15/16, o intervalo de um tom corresponde à fração 8/9 e assim por diante.
Objetiva o livro conectar elementos pertinentes aos universos da Matemática e da Música propiciando ao aluno um aprendizado da Matemática por uma ótica mais familiar e prazerosa, seja ou não inclinado para a prática musical.

Livro vendido nas principais livrarias de Recife/PE.

Vídeo-Leitura do Livro Matemática e Música - Diálogos Interdisciplinares Autor: Nilton Cunha. from ANDRÉ ALCÂNTARA on Vimeo.